Gramática de Marcabrü Aiara

Gramática Real da Grande Obra de Arte
Grammaire Royal de La Grand Ouvre de L’Art
Ouvrage, Grammaire et Encyclopédie
Lauda, Gradus e Plena
E seus Cantares Linguístico, Teológico, Discipular, Místico e Devocional
De Marcabrü Aiara
O pentagrama, como símbolo de poder em diversas tradições espirituais - inclusive entre os pitagóricos, os Hebreus, as tradições pagãs, etc. - está associado em nossa Gramática com a escala pentatônica em particular, e o tetragrama com uma escala de quatro notas, e assim por diante, até o duodegrama, de doze pontas, com a escala cromática de doze notas.

O tetragrama, como um conjunto de quatro notas, está na base das diversas escalas do sistema musical dos árabes, assim como na teoria da harmonia funcional ocidental, como tétrade dos acordes.

Tanto o pentagrama quanto o tetragrama, são símbolos formados por linhas, sinais ou letras, e sua etimologia histórica atesta esse caráter polissêmico da palavra, o que em nossa Gramática é fundamental para o desenvolvimento de um pensamento e conhecimento efetuado por analogia, comparação e permutabilidade, em um estatuto epistemológico inclusivo da matemática, música, teologia e linguística, como um quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música) do ensino clássico.
Portanto, tetragrama em nossa Gramática significa simultaneamente e em todas as suas correspondências e analogias possíveis o tetragrama cabalístico das quatro letras hebraicas, a tétrade da harmonia funcional ocidental, assim como as quatro notas de base da melopéia árabe (termo legado de Ezra Pound, aqui tendo valência também na melodia das palavras da poesia) e ao mesmo tempo a figura geométrica (também uma estrela graficamente possível) de quatro pontas.
As possibilidades de desenvolvimento plástico da escrita em linhas da geometria (pentagrama, duodegrama, etc.) no espaço é análoga ao potencial de desenvolvimento melódico das suas respectivas escalas musicais associadas no espaço acústico musical, nos limites de suas respectivas tessituras musicais. O mesmo princípio que rege o desenvolvimento geométrico do tetragrama (como estrela e/ou figura de quatro pontas) também rege o desenvolvimento poético das estrofes de quatro versos, assim como a hermenêutica do tetragrama como nomes de Deus nas tradições espirituais, assim como todo o quaternário de tudo o que existe. Os arcabouços epistemológicos desses processos de correspondências estão assentados nas tradições místicas do espírito, no pensamento complexo de Edgar Morin, na Teosofia como apresentada por Helena Blavatsky, no pensamento analógico - matemático, na abordagem holística da física sub-atômica de Fritjof Capra, entre outras ocorrências.
Em nossa Gramática está atestada a possibilidade de aplicar as técnicas cabalísticas da Guematria e Notarikon na composição, improvisação e teoria musical, associando as 22 letras hebraicas às 22 notas musicais do sistema musical hindu e/ou árabe, e/ou ao sistema musical ocidental incluindo os microtons (como os quartos de tom) na escala cromática tradicional.
A tríade musical está associada ao triângulo e também aos verbos hebraicos cujos radicais possuem três letras, a díade à linha reta, um som fundamental qualquer ao ponto euclidiano.
As 23 definições d’Os Eementos de Euclides têm desdobramentos possíveis na teoria musical e na linguística; ei-los alguns   :

I) Ponto é o que não tem partes nem grandeza alguma.

O ponto está para a geometria assim como o fonema para a linguística, como mínimo segmento distinto numa enunciação. Na música é um som fundamental, medido em hertz. A série dos harmônicos naturais de um som fundamental são vibrações parciais porém simultâneas do mesmo som, não constituindo partes deste, mas conferem pelo contrário uma unidade intrínseca e imanente com o som fundamental.

II) Linha é o que tem comprimento e não tem largura.

(A díade musical pode ter um desenvolvimento melódico em contraponto, horizontal, como comprimento, mas não tem profundidade nem largura suficiente para uma caracterização harmônica como acorde, com verticalidade acústica, digamos assim.).

Em linguística é a sílaba, no seu desdobramento e evolução horizontal do fonema.

III) As extremidades da linha são pontos.

(As extremidades da sílaba são os fonemas, e no caso dos monossílabos suas extremidades são “fonemas assilábicos de abrimento e tensão crescente seguido de outros de abrimento e tensão decrescente” (Mattoso Câmara)

IV) Linha reta é aquela que está posta igualmente entre as suas extremidades.

Em linguística é a frase, como unidade de comunicação linguística e divisão elementar do discurso, na poesia é o verso com suas infinitas possibilidades de metro, e em música é a frase musical.

V) Superfície é o que tem comprimento e largura.

Em linguística, a superfície corresponde ao suporte físico de qualquer escrita, seja pedra, argila, papiro ou tela de plasma ou cristal líquido.

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